IKEA comprou Parque Eólico do Pisco

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A INGKA Holding B.V. (“IKEA Holding”), que em Portugal desenvolve a sua atividade através da sua subsidiária IKEA Portugal, Móveis e Decoração Lda., assinou, no passado dia 3 de janeiro, um acordo para aquisição do Parque Eólico do Pisco com a empresa que detinha a totalidade das ações representativas do capital social da sociedade, a WINDPARTNERS RENOVÁVEIS, LDA. A Autoridade da Concorrência (AdC) deu ‘luz verde’ à compra no dia 31 de janeiro.

O Parque Eólico do Pisco, que está em funcionamento desde outubro de 2015, tem uma capacidade de 50 MW e dispõe de 25 turbinas operacionais que produzem anualmente 156 GW/h.

Segundo a Associação de Energias Renováveis (APREN), “em 2016 o parque eólico produziu 148 GW/h, o equivalente à eletricidade consumida por 116 mil portugueses, e evitou a emissão para a atmosfera de 52 toneladas de dióxido de carbono”.

O Grupo IKEA explicou que “nos últimos anos, o grupo instalou mais de 11 000 painéis solares fotovoltaicos na cobertura das suas lojas em edifício próprio – IKEA Alfragide, IKEA Matosinhos, IKEA Loures e IKEA Loulé” e que, “com este projeto, 98% da energia produzida pelos painéis solares será incorporada pelas unidades de retalho, representando 25% do total da energia consumida por cada loja”.

Com a aquisição do Parque Eólico do Pisco, o Grupo IKEA dá mais um passo em direção à autossuficiência energética, produzindo tanta energia renovável quanto a consumida pelas suas operações, um compromisso global traçado pela estratégia de sustentabilidade ‘Pessoas Positivas, Planeta Positivo’ até 2020”, conclui.

A nível global, a empresa comprometeu-se com a aplicação de 1,7 mil milhões de euros em energias renováveis, com investimentos em energia eólica em 12 países: Canadá, Suécia, Dinamarca, França, Alemanha, Finlândia, Polónia, Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Lituânia, Bélgica e, agora, Portugal. Ao todo são 441 turbinas eólicas, incluindo as 25 do Parque Eólico do Pisco.

Apesar de o parque eólico ter mudado de mãos, a empresa garante que os contratos com públicos e privados não vão ser alterados, pois “foram feitos a 25 anos”, não prevendo também, neste momento, fazer uma expansão do parque.

A AdC “deliberou adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração, uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado da produção de energia elétrica”, segundo um aviso publicado.

Segundo António Sá da Costa, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), “para uma capacidade de 50MW, o Parque Eólico do Pisco deve ter custado 50 a 60 milhões de euros”.

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