ZERO lançou campanha online para promover o consumo de água da torneira

22 de Março é o Dia Mundial da Água. A ZERO lançou a campanha online “Água da Torneira. A bebida preferida” para promover o consumo da água da torneira. A campanha toma forma através de uma página na Internet que incentiva cidadãos e entidades/empresas a aderirem a esta prática.

Através do site aguadatorneira.pt, os cidadãos e outras entidades, públicas e privadas, bem como as próprias entidades gestoras, podem aderir a esta campanha, demonstrando responsabilidade nos seus próprios comportamentos e incentivando os seus círculos de familiares, amigos, clientes e fornecedores a adotarem uma prática mais responsável do ponto de vista ambiental e da sustentabilidade.

Esta campanha surge de uma parceria entre a ZERO e a EPAL, para promoção do consumo de água da torneira no concelho de Lisboa, mas tem âmbito de influência em todo o país.

O site inclui informação sobre a água da torneira, a sua produção e qualidade, desconstruindo mitos que têm colocado em causa a segurança do seu consumo. São também incluídos dados sobre o impacto na utilização de recursos e na poluição causada pelo consumo da água engarrafada.

As áreas específicas para a adesão de cidadãos, empresas/entidades e entidades gestoras, permitem:

  • a sensibilização dos cidadãos para que optem pelo consumo de água da torneira em substituição da água engarrafada;
  • a adesão de entidades públicas e privadas, de modo a que estas passem a disponibilizar água da torneira aos seus clientes e colaboradores;
  • a colaboração com as entidades gestoras na promoção da água da torneira e na divulgação das entidades que optem pelo consumo, em exclusivo, de água da torneira.

Hotéis e restaurantes vão ser a obrigados a disponibilizar água da torneira a partir de Julho

De acordo com o Decreto-Lei n.º 102-D/2020, de 10 de Dezembro, os estabelecimentos do sector HORECA (hotelaria, restauração e cafetaria) serão obrigados, a partir do próximo dia 1 de Julho, a disponibilizar aos seus clientes um recipiente com água da torneira e copos higienizados para consumo no local, de forma gratuita ou a um custo inferior ao da água embalada.

Esta é uma medida que visa, e bem, reduzir a produção de embalagens descartáveis, pelo que a ZERO espera que esta campanha venha a dar um importante contributo nesse sentido“, informou a associação em comunicado.

Consumo de água engarrafada tem enorme impacto na produção de resíduos

Portugal é o quarto país da Europa com maior consumo per capita de água engarrafada, com um consumo médio de 146,4 L por habitante, de acordo com dados publicados pela indústria nacional do sector.

A indústria das águas minerais e de nascente coloca anualmente no mercado nacional mais de mil milhões de embalagens de água engarrafada, das quais 85%, aproximadamente 911 milhões, correspondem a embalagens de plástico, o que, levando em consideração o peso médio de uma garrafa de plástico (19,32 g), equivale a cerca de 17 600 toneladas de resíduos de plástico provenientes unicamente do consumo de água engarrafada.

Face a estes números e a toda a problemática ambiental que está subjacente à excessiva produção de resíduos, e em particular à de resíduos de plástico, a ZERO considera urgente promover o consumo de água da torneira junto dos portugueses. Esta é uma opção saudável e natural que pode responder à maioria das necessidades dos portugueses.

Água da torneira em Portugal é segura e de excelente qualidade

A Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) confirmou mais uma vez, no seu último relatório anual (RASARP 2020, Vol. 2, “Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano”), que a água que corre na torneira dos portugueses é de excelente qualidade.

O indicador de água segura em Portugal continental situou-se em 98, 66% em 2019, ano a que se referem os últimos dados publicados, o que confirma a tendência, pelo quinto ano consecutivo, de manutenção deste indicador nos 99%, demonstrando a excelência da qualidade da água para consumo humano.

Os dados apresentados pela ERSAR indicam claramente que os portugueses podem beber água da torneira com confiança“, conclui.

Ministro do Ambiente e Acção Climática defende aumento do preço da água para mostrar que é escassa

João Pedro Matos Fernandes diz que, devido aos limites de água no mundo, “o preço deve reflectir essa escassez” e dar um “sinal mais forte” aos utilizadores de água de forma que a não a desperdicem.

Sobretudo quando as fontes de água são cada vez menos e se considera que o investimento nas soluções passa unicamente pelo Estado e pela tarifa do cidadão. Se o produto água está a tornar-se escasso, o preço deve refletir essa escassez, tanto mais que esse preço é o sinal mais forte que temos a dar aos utilizadores da água no sentido de a usarem de forma mais parcimoniosa”, frisou na abertura do 15.º Congresso da Água, organizado pela Associação Portuguesa de Recursos Hídricos, onde referiu ainda que “a solução” para a escassez de água “não é conquistar novas formas de oferta para ganhar folga para mais consumo”.

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