Prazos apresentados pelo Governo para conclusão do IP3 preocupam concelhos da CIM Viseu Dão Lafões

Os municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões manifestaram preocupação com os prazos apresentados pelo Governo para a conclusão da requalificação do Itinerário Principal (IP3), que liga Coimbra a Viseu. Segundo o ministro, as abras só deverão estar concluídas em 2024.

Troço do IP3, perto de São Miguel do Outeiro. © PG 123

A CIM Viseu Dão Lafões, num comunicado enviado à agência Lusa, disse “manifestar a sua forte convicção de que os prazos agora anunciados deixam fortes preocupações a todos os autarcas desta Comunidade Intermunicipal, assim como a todas as suas populações”.

Segundo o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, as obras de requalificação e duplicação parcial do IP3 entre Coimbra e Viseu deverão estar concluídas no primeiro semestre de 2024.

Perante a apresentação do calendário, o conselho intermunicipal da CIM esteve reunido na segunda-feira para analisar os prazos apresentados por Pedro Nuno Santos num encontro com autarcas, na sexta-feira.

A tomada de posição pública da CIM apela também à necessidade “de ser cumprido o calendário antes previsto, e comunicado pelo Governo, donde resultaria a conclusão do projeto de execução no início do próximo ano”. “Os prazos agora anunciados, para a conclusão do projeto de execução, levam-nos para o último trimestre do ano de 2021, o tempo em que se prevê concluir a elaboração dessa peça imprescindível para se colocar a obra em concurso público”, refere a CIM.

A Comunidade Intermunicipal, da qual faz parte o concelho de Aguiar da Beira, exorta ainda “o senhor Ministro das Infraestruturas e da Habitação, assim como as Infraestruturas de Portugal (IP), a diligenciarem no sentido de serem acelerados todos os trabalhos da fase de anteprojeto/projeto base e do consequente estudo de avaliação de impacto ambiental”. “Entende o Conselho Intermunicipal que, respeitando os prazos legais das consultas públicas, é possível gerir as etapas de forma que não sejam despendidos mais de dois anos até se chegar à fase do início das obras” e que “se a presente obra corresponde a um desígnio nacional, por ser a obra pública mais urgente, então não se compreende que não lhe seja dada a relevância política e que tudo seja feito para se cumprir um imperativo, reconhecido por toda a Assembleia da República, e se assumam os menores prazos, sem arrastar esta obra para um prazo incompreensível”.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *