CIM Viseu Dão Lafões realizou ações de fogo controlado em Castro Daire e Vouzela

Ação formativa, que durou três dias, teve como objetivo a troca de experiências sobre o fogo controlado enquanto arma de combate aos incêndios.

©CIM VDL

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões realizou uma nova ação formativa, no âmbito da prevenção aos incêndios rurais na região. A ação, inserida no projeto LIFE Landscape Fire, visou o intercâmbio na divulgação e experimentação de conhecimentos e práticas de uso do fogo controlado e impacto dos incêndios.

Durante três dias, de 27 a 29 de Março, os participantes, em regime de internato, tiveram a oportunidade de realizar ações práticas de fogo controlado e de analisar os seus métodos e resultados. As ações práticas decorreram nos concelhos de Castro Daire e Vouzela, enquanto a parte teórica teve lugar em Mangualde, na Base de Apoio Logístico dos Bombeiros Voluntários.

Esta ação foi dirigida a técnicos e profissionais do setor, nomeadamente Técnicos de Fogo Controlado e Operacionais de Queima provenientes dos municípios da região, assim como elementos das Unidades de Emergência da Proteção Civil da GNR, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e corporações de bombeiros. A coordenação da ação esteve a cargo de técnicos da Flanconorte.

O fogo controlado consiste no uso planeado do fogo em condições ambientalmente favoráveis, tendo um papel fundamental na gestão dos combustíveis, na redução do risco de incêndio rural, na renovação das pastagens, na fertilização dos solos e no controlo de espécies invasoras, constituindo uma ferramenta muito eficiente de combate a incêndios rurais.

A iniciativa aconteceu ao abrigo do projeto LIFE Landscape Fire. Lançado em 2019, este projeto visa promover medidas de gestão de fogo eficazes na paisagem rural, a fim de proteger a biodiversidade e os ecossistemas. Além de formação teórica, o programa prevê simulações práticas de combate a incêndios no terreno. Foi o único projeto português a ser aprovado pelo Programa Europeu LIFE, em Bruxelas, e é liderado pela CIM Viseu Dão Lafões desde o seu início.

O concelho de Aguiar da Beira esteve representado pelo Comandante dos Bombeiros Voluntários e Coordenador da Proteção Civil, António Ferreira.

Segundo o Presidente da CIM Viseu Dão Lafões, Fernando Ruas, “paulatinamente, a CIM tem dado um contributo, cada vez maior, para o reforço da capacidade do nosso território em prevenir e combater incêndios rurais. Com esta iniciativa, estamos a cimentar o conhecimento e o know-how relativo ao uso de fogo controlado, que temos vindo a promover junto de agentes de proteção civil do nosso território, numa área que consideramos estratégica para a defesa das florestas e das populações de Viseu Dão Lafões”.

O Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho, reforçou que “neste domínio, todo o trabalho que temos promovido, numa escala intermunicipal, tem sido possível por via de uma estreita colaboração entre a CIM e diversas entidades, nomeadamente, com os catorze municípios associados, com o Comando Territorial de Viseu da GNR, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, através do comando sub-regional de Viseu Dão Lafões e, ainda, com as corporações de bombeiros do nosso território”. “Recordo, desde logo, o sistema de videovigilância de fogos rurais, o investimento que fizemos no Gabinete Técnico Florestal e Intermunicipal e o trabalho realizado, ao longo de todo o ano, pelas Brigadas de Sapadores Florestais. Sem esquecer, a montante, a proteção do meio ambiente, com projetos de cariz internacional como o LIFE Landscape Fire e o LIFE Nieblas”, acrescenta Nuno Martinho.

Recorde-se que, ao abrigo do projeto LIFE Landscape Fire, entre os dias 30 e 31 de Março, a CIM Viseu Dão Lafões promoveu o 3.º Seminário Internacional | LIFE Landscape Fire. Um evento que reuniu na cidade de Viseu diversos especialistas internacionais, com objetivo promover o debate e a partilha de experiências sobre temas como a prevenção de incêndios florestais, a conservação da biodiversidade e o aumento da resiliência florestal.

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