Portugal cai na liberdade de imprensa em 2023

Portugal caiu duas posições em relação ao ano passado no ranking dos Repórteres sem Fronteiras. Liberdade de imprensa em Portugal foi avaliada como “satisfatória”.

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Portugal caiu para 9.º lugar no ranking mundial da liberdade de imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, mas passou a liderar o grupo de 44 países com uma “situação satisfatória”. Em 2022 tinha ficado em 7.º lugar e era um dos oito países com uma “situação muito boa” para a liberdade de imprensa.

A 21.ª edição do ranking mundial da liberdade de imprensa dos Repórteres sem Fronteiras foi publicada esta quarta-feira, por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Ao todo, foram avaliados 180 países e territórios.

Este ano comemorou-se o 30.º aniversário do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

O top 10 dos países com mais liberdade de imprensa ficou ordenado da seguinte forma:

1. Noruega
2. Irlanda
3. Dinamarca
4. Suécia
5. Finlândia
6. Países Baixos
7. Lituânia
8. Estónia
9. Portugal
10. Timor Leste

O top 10 dos países com menos liberdade de imprensa ficou ordenado da seguinte forma:

171. Bahrein
172. Cuba
173. Birmânia
174. Eritreia
175. Síria
176. Turcomenistão
177. Irão
178. Vietname
179. China
180. Coreia do Norte

António Guterres diz que liberdade de imprensa ‘sob ataque’ em todo o mundo

Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, “a liberdade de todos depende da liberdade de imprensa“, que “é a base da democracia e da justiça“. “Graças a ela, dispomos de todos os dados que necessitamos para formar uma opinião e interpelar o poder com a verdade. Dá-nos a todos os factos de que necessitamos para formar opiniões e falar a verdade aos que detém o poder. E tal como o nos lembra tema deste ano, a liberdade de imprensa representa a própria essência dos direitos humanos. No entanto, em todos os cantos do mundo, a liberdade de imprensa está sob ataque“, acrescenta. “A verdade é ameaçada pela desinformação e pelo discurso de ódio que procuram confundir os limites entre factos e ficção, entre ciência e conspiração“.

Ainda de acordo com António Guterres, pelo menos 67 trabalhadores dos meios de comunicação foram assassinados em 2022, um aumento de 50% em relação ao ano anterior, e quase três quartos das mulheres jornalistas sofreram violência online e uma em cada quatro foi ameaçada fisicamente.

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