A população mundial atingiu esta terça-feira, 15 de Novembro, a marca simbólica de 8 mil milhões de pessoas, segundo a ONU.
A ONU assinalou nesta terça-feira, 15 de Novembro, o dia em que foi atingida a marca dos 8 mil milhões de pessoas a viver no planeta Terra. A marca dos 7 mil milhões tinha sido atingida há apenas 11 anos, a 31 de Outubro de 2011.
Para este crescimento sem precedentes têm contribuído principalmente o aumento gradual da longevidade humana e os níveis elevados e persistentes de fecundidade em alguns países. Ainda assim, apesar de terem sido precisos 11 anos para passar dos 7 para os 8 mil milhões de pessoas, a estimativa é que sejam necessários 15 anos para chegar aos 9 mil milhões, o que indica que a taxa de crescimento geral da população global está a diminuir. O máximo da taxa de crescimento da população mundial foi atingido na década de 1960, passando de 2,1% entre 1962 e 1965 para menos de 1% em 2020 e pode cair ainda mais para cerca de 0,5% em 2050.
Crescimento global da população concentra-se nos países mais pobres do mundo
Segundo a ONU os países com mais altos níveis de fertilidade são também os que têm um rendimento ‘per capita’ mais baixo, a maioria na África subsariana. Para este aumento de 1000 milhões a Índia foi o maior contribuinte, com 177 milhões de pessoas, enquanto que a China contribuiu com 73 milhões. A média de idades na Europa é de 41,7 anos contra 17,6 anos na África Subsaariana.
De acordo com as estimativas da ONU a população continuará a crescer, alcançandos os 8,5 mil milhões em 2030, os 9,7 mil milhões em 2050 e os 10,4 mil milhões na década de 2080, altura em que deverá estagnar, pelo menos até ao final do século.
Em 2021 a taxa média de fecundidade era de 2,3 filhos por mulher. Em 1950 esta taxa era superior a 5. Em 2050 deverá ser de 2,1.
Ainda de acordo com a ONU, mais de metade do crescimento populacional até 2050 virá de apenas 8 países: República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Tanzânia.
De acordo com os cientistas, o problema não é sermos muitos, é consumirmos demasiado.
Índia vai ultrapassar a China
Os dois países mais populosos, China e Índia, vão trocar de lugar no pódio a partir de 2023. A população da China alcançou os 1,42 mil milhões de habitantes em 2022 mas começará a diminuir até aos 1,3 mil milhões em 2050 e apenas 800 milhões até ao final do século.
Por outro lado, a população da Índia de 1,41 mil milhões em 2022 vai continuar a crescer, com a previsão de 1,66 mil milhões em 2050.
Em 2050, os Estados Unidos e a Nigéria ocuparão o terceiro lugar dos países com mais habitantes, com 375 milhões cada.