Poderá haver nova greve dos motoristas de matérias perigosas a partir de 12 de Agosto — conheça as 326 bombas de emergência

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) não chegaram a acordo com a ANTRAM e entregaram um pré-aviso de greve, com início às 00h01 de 12 de Agosto e por tempo indeterminado. Já foi definida uma rede de 326 postos abastecimento de emergência para veículos normais, cerca de um décimo dos 3068 postos que em dias normais estão aberto pelo país.

Crédito: Google

Depois de uma greve-surpresa de seis dias em Abril, os motoristas de matérias perigosas entregaram, no passado dia 15 de Julho, um novo pré-aviso de greve a começar no dia 12 de Agosto.

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 300 euros a partir de 2020 e aumentos automáticos de 100 euros em 2021 e 2022. Isto significa que o salário base passaria para 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022. Os patrões não estão de acordo com as propostas e as negociações deverão prolongar-se.

Entretanto e enquanto decorrem as negociações, a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) publicou já as listas da Rede Estratégica de Postos de Abastecimento para veículos em geral e para veículos prioritários para a greve dos motoristas de matérias perigosas. Para os veículos normais a rede inclui 326 postos, mais 16 que durante a greve dos motoristas de Abril e cerca de um décimo da totalidade de postos disponíveis em dias normais.

Em Aguiar da Beira estará em funcionamento a bomba da GALP, na EN229, km 39,5, no Sítio dos Lameirões.

O SNMMP e o SIMM apresentaram entanto propostas de 25% de serviços mínimo, enquanto que a ANTRAM quer exigir 70%. Se não houver acordo entre as partes será o Governo a decidir.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse já aos cidadãos para se precaverem em vez de esperarem pelo dia 12 e, assim, evitar aquilo que aconteceu em Abril.

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