Momentos da História de Carapito — 1848: nomeação do pároco de Carapito

Há cerca de 175 anos, no dia 13 de Dezembro de 1848, decretava o Governo, tal como publicado no Diário do Governo (antecessor do atual Diário da República) a 20 de Dezembro do mesmo ano, a nomeação de párocos para diversas igrejas dos então bispados de Viseu, Coimbra e Bragança, de entre elas a nomeação de José Diogo da Cunha para a Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Purificação de Carapito.

Lê-se no Decreto:

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
Repartição dos Negocios Ecclesiasticos

Por Decretos da mesma data [13 Dezembro de 1848] foram apresentados precedendo tambem concurso os Presbyteros abaixo declarados nas seguintes Igrejas, a saber:
[…]
José Diogo da Cunha na Igreja Parochial de Nossa Senhora da Purificação de.Carapito, do Bispado de Vizeu.
[…]

Sendo presente a Sua Magestade a Rainha a conta que o Reverendo Bispo de Vizeu dirigiu por este Ministerio em 5 do corrente mez, na qual, enviando os Autos de Concurso a que se procedeu para o provimento de varias Igrejas parochiaes da sua Diocese, participa que para algumas delias não houve Oppositor, que merecesse approvação dos Examinadores, e que para outras não appareceram concurrentes: Ha Sua Magestade por bem Resolver que se abra novo Concurso nos termos estabelecidos, por tempo de trinta dias contados da publicação dos novos Editaes, que hão de affixar-se para o provimento das Igrejas parochiaes a que acima se allude, e as quaes são as seguirítes; a saber: Nossa Senhora da Conceição de Nellas, no Concelho de Senhorim; São Pelagio de Oliveira de Frades, no Concelho deste nome; São Miguel de Queixão, no Concelho de Vouzella; Nossa Senhora da Purificação da Ventosa, no Còncelho de Vouzella; e Nossa Senhora da Assumpção de Vouzella, no Concelho do mesmo nome. O que assim Manda a Mesma Augusta Senhora participar ao Reverendo Bispo de Vizeu para sua intelligencia, e mais elleitos. Paço das Necessidades, em 18 de Dezembro de 1848. = João Elias da Costa Faria e Silva.

Assinou o Decreto João Elias da Costa Faria e Silva, então Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça do 17.º Governo da Monarquia Constitucional Portuguesa. Era Presidente do Conselho de Ministros o Duque de Saldanha e Rainha de Portugal e Algarves Dona Maria II, conhecida como “a Educadora” e “a Boa Mãe” e de nome completo Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga, filha mais velha do imperador Pedro I do Brasil, que foi rei de Portugal como Pedro IV.

Pode ver no link seguinte o respetivo número do Diário de Governo, que foi publicado entre 1820 e 1976.