Diz o calendário litúrgico que no Domingo anterior à Páscoa deve celebrar-se o Domingo de Ramos. A festa comemora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um evento que é mencionado nos quatro evangelhos. Na liturgia romana, este dia é denominado de “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”.
Em Carapito, há muito que esta festa tem um lugar especial no calendário religioso, tanto que, crianças e adultos, transportando ramos de oliveira, manjerico ou até de loureiro, enchem a Igreja Paroquial para participar na celebração e ter os seus ramos benzidos. Uns maiores, outros mais pequenos, mais ou menos enfeitados, todos sobressaem na bonita procissão que habitualmente se realiza do Terreiro para a Igreja.
Este ano, após dois anos de paragem por causa da pandemia, a Igreja e principalmente o adro e a Praça voltaram a encher-se de fiéis, que tiveram depois os seus ramos benzidos.
Diz a tradição que estes ramos podem então ser queimados sempre que for preciso acalmar as trovoadas. E há quem garanta que funciona mesmo! Após a bênção deste Domingo, os Carapitenses podem certamente considerar-se muito mais bem capacitados para enfrentar estas intempéries, assim estas se atrevam a visitar os nossos céus.