As Pessoas no Mundo de Ontem, Hoje e Amanhã

Ao longo da história da humanidade, que já leva uns bons milhares de anos, as pessoas têm vindo a evoluir em todos os aspetos. Mas, na minha opinião, muito lentamente devido essencialmente às guerras, aos medos, à subjugação aos ricos e poderosos, a acreditarem demasiado em Deuses, Santos e outras divindades, às invejas e à ganância, à pouca educação e cultura, mas, sobretudo, devido à falta de confiança em si próprias.

Vem isto a propósito dos tempos complicados e terríveis que o Mundo tem vindo a passar, com a pandemia gerada pelo coronavírus (COVID-19). Sabemos das leituras, que há milhares de anos, aos leprosos que tinham muitos sinais exteriores dessa doença, era-lhes colocada uma campainha ao pescoço e eram “empurrados” para cavernas ou montanhas, para os afastar dos não afetados e assim evitarem a contaminação. Hoje, passados todos esses milhares de anos, só não se faz algo parecido aos infetados com a COVID-19 porque não apresentam sinais da infeção. Caso contrário, seriam talvez enviados para locais isolados, com pulseira eletrónica.

— Tantos triliões de dólares/rublos/euros/libras e outras moedas que se têm gasto a ir à Lua e a enviar sondas para os planetas e o espaço sideral!
— Tanto triliões gastos anualmente em guerras para matar a humanidade e subjugar os sobreviventes, aos interesses das várias potências mundiais!
— Tantos triliões gastos por milhões de pessoas em adorações a Divindades!
— Tantos triliões roubados aos contribuintes para “salvar bancos, empresas, ou sustentar políticos a peso de ouro”! E pelo mundo fora morrem milhões de pessoas à fome ou com doenças para as quais já existem curas.
— Tantos milhões (apesar de em muito menor escala) gastos nas várias ciências!

Chegados aos anos 20 do século XXI o que vemos (vejo): que um qualquer “bicharoco” minúsculo coloca o mundo todo em pânico, mata milhares de pessoas, infeta milhões e coloca a economia de rastos, empurrando os mais desfavorecidos para a valeta, aqueles que têm conseguido de lá sair.

— Onde estão as grandiosas máquinas de guerra e mísseis, que arrasam cidades e países inteiros? Não há capacidade para acabar com esse “bicharoco”?
— Onde estão agora os bancos e banqueiros, antes salvos pelos contribuintes para atenuar a crise da economia que gera mais e mais pobreza
— Onde está a ciência que demorará, ao que se fala, um ano ou mais, a criar uma vacina que possa combater a COVID-19?
— Onde estão os Deuses, Santos e as divindades tão poderosas, bondosas e omnipresentes, quando sucedem estas catástrofes e tantas outras ainda mais terríveis, que têm sucedido ao longo de milhares de anos?

Ao contrário do que se apregoa na imprensa e nas redes sociais, não acredito que a humanidade saia desta crise com uma maior consciência política e social, menos egoísta e mais solidária, para enfrentar a vida e o mundo!

— Vão continuar as guerras com todas as suas mortandades, misérias e desgraças humanas!
— Vão continuar as religiões, os futebóis e tantos outros fait divers a “enlouquecer e embriagar” milhões de pessoas, desviando a sua atenção do essencial.
— Vão continuar a “fugir para os offshores” muitos milhões, roubados aos povos, para engordar as contas de uns milhares de capitalistas e magnatas parasitários!
— Vão continuar os políticos a fazer as suas politiquices de modo a encherem os bolsos deles, da sua classe social e política, mais do grande capital, à custa dos Zés Povinhos!
— Vão continuar a encher-se de gente as igrejas, mesquitas, sinagogas e tantos outros templos e lugares de cultos, para orarem a divindades que nunca aparecem, dão sinal da sua existência, quando a humanidade crente lhes implora pela sua compaixão!

Na minha visão pessimista das pessoas e do mundo, esta crise (pandemia) há-de passar, como tantas outras e até piores catástrofes e guerras passaram, com o seu rasto de mortes e misérias humanas, até que venha a próxima e assim sucessivamente. Com a imensa maioria da população mundial, “cantando, rindo, festejando” e a assobiar para o lado, como se tudo isso sejam inevitabilidades da vida, na esperança que o mal só aconteça aos outros.

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