Aguiar da Beira: apanha indiscriminada de cogumelos por grupos de fora do concelho preocupa Câmara Municipal

Presidente do Município mostrou preocupação relativamente à apanha indiscriminada de cogumelos, principalmente por grupos de pessoas de fora do concelho, com objetivos de comercialização, defendendo a criação de uma regulamentação nacional para o efeito.

©CMAGB

Na antecipação do Roteiro Gastronómico do Míscaro e Certame Gastronómico do Míscaro, o Presidente da Câmara Municipal de Aguiar da Beira, Virgílio da Cunha, em declarações ao Dão Digital, mostrou a sua preocupação quanto à apanha indiscriminada de cogumelos nas matas do concelho, principalmente por grupos organizados de pessoas de fora, com o objetivo de os comercializarem, pedindo a intervenção da Assembleia da República na regulamentação da atividade.

Se há muita gente que vem colher os cogumelos para consumo próprio, o que nos preocupa é que muita gente vem colher os cogumelos para negócio. Chegam a vir equipas de outras regiões, em carrinhas, com 6, 7 pessoas, andam aqui todo o dia e no fim do dia acabam por levar este produto sem que fique aqui nada“, referiu o autarca.

Isso é uma coisa que nos preocupa, porque não fica no concelho proveito nenhum dessa atividade, e antes pelo contrário, levam-nos o produto, e, revoltam-nos o terreno de tal forma, que, incomoda os proprietários que vêm os seus terrenos, as suas matas, com a manta morta toda revirada e em condições, às vezes degradantes“, acrescentou.

Virgílio da Cunha deixou ainda críticas à Assembleia da República que, diz, “já deveria ter-se preocupado com essa situação, tal como se preocupou com a caça e com a colheita da pinha do pinheiro manso, em que criou regulamentação específica para isso. Eu penso que nesta questão dos cogumelos também temos que ir por aí“.

Virgílio da Cunha defende “uma legislação nacional que regulamente, discipline e condicione” a apanha dos cogumelos, antevendo outros possíveis problemas futuros se não se fizer, alertando ainda para a necessidade de compensar devidamente os proprietários dos terrenos.

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