Estudo do ICNF conclui que as queimas e queimadas são a principal causa para os incêndios em 2022, representando 62% dos incêndios rurais investigados. O incendiarismo é a segunda causa identificada, com 14%.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) divulgou esta quarta-feira o 2.° relatório provisório de incêndios rurais, referente ao período de 1 de Janeiro a 15 de Julho de 2022. De acordo com o documento, do total de 6164 incêndios rurais verificados no período referido, “4199 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído (68% do número total de incêndios, responsáveis por 28% da área total ardida)“. A investigação “permitiu a atribuição de uma causa para 2942 incêndios (70% dos incêndios
investigados, responsáveis por 24% da área total ardida)“.
O documento apurou que as causas mais frequentes para os incêndios rurais em 2022 são as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (28%) e as queimadas para gestão de pasto para gado (19%). Conjuntamente, os vários tipos de queimas e queimadas representam 62% do total das causas apuradas. Os fogos provocados por incendiários representam 14%, designadamente pessoas imputáveis, 8% foi devido a motivos acidentais, como uso de maquinaria e transportes e comunicações, 4% devido a reacendimentos e 2% a quedas de raios.
Os 6164 incêndios registados até 14 de Julho resultaram em 40 102 hectares de área ardida, entre povoamentos (21 288 hectares), matos (14 328 hectares) e agricultura (4486 hectares). Nos últimos quatro dias já arderam mais 17 000 hectares.
Penafiel foi o concelho com mais incêndios e Leiria o concelho com maior extensão de área ardida.
No Distrito da Guarda foram registados 171 incêndios no período em análise.