Nível do mar continua a subir a um ritmo alarmante de 3,1 mm por ano

Programa Copernicus divulgou esta quarta-feira o quinto relatório sobre o estado dos oceanos, fazendo um balanço dramático dos efeitos do aquecimento global e do derretimento de gelo na Terra. Entre 1979 e 2020 a área de gelo do Ártico que derreteu é equivalente a seis vezes o tamanho da Alemanha.

Criação de cinco novos icebergs na Antártida, entre Maio e Junho de 2021. Crédito: European Union, Copernicus Sentinel-1 imagery.

De acordo com o 5.º Relatório Sobre o Estado do Oceano, divulgado esta quarta-feira pelo programa Copernicus (o programa da União Europeia para a observação da Terra), o nível dos oceanos continua a subir a um ritmo alarmante de 3,1 milímetros por ano (que tem vindo a acelerar), tendo como causas o aquecimento global e o consequente derretimento do gelo na Terra.

A área de gelo do Ártico tem vindo a diminuir constantemente, tendo derretido, entre 1979 e 2020, o equivalente a seis vezes o tamanho da Alemanha (520.000 km²/década).

As alterações climáticas provocadas pelos humanos já levaram a um aumento de temperatura de 1,1ºC, o que se traduziu em alterações nos oceanos sem precedentes. O aumento de temperatura dos oceanos entre 1993 e 2019 foi de +0,015ºC/ano. Eventos extremos como o que ocorreu em Veneza em 2019, em que o nível da água subiu para um máximo de 1,89 metros, são cada vez mais frequentes.

Para além disto, a poluição dos oceanos resultante de actividades terrestres, como a agricultura e a indústria, tem um efeito devastador na qualidade da água, que apresenta ainda uma redução dos níveis de oxigénio e um aumento da acidificação, com consequências graves para a biodiversidade marinha em particular e para a produção de oxigénio no planeta em geral (cerca de 50% do oxigénio do planeta é produzido nos oceanos).

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