
Para além de estar no centro do Sistema Solar, o Sol é um dos principais responsáveis pela vida na Terra. Sozinho, comporta 99,86% da massa do Sistema Solar, tem um diâmetro que é 109 vezes maior que o da Terra, tem 332.900 vezes mais massa e um volume 1.300.000 vezes maior. A distância entre a Terra e o Sol é cerca de 150 milhões de quilômetros, 8,3 minutos-luz ou 1 unidade astronômica (UA).
No dia 11 de Fevereiro de 2010 a NASA lançou para o espaço um observatório solar que, desde então, tem registado toda a actividade do Sol em tempo real.
Dez anos, 425 milhões de imagens e 20 milhões de gigabytes de dados depois, a NASA reuniu num só vídeo de um hora tudo o que aconteceu no Sol. Cada segundo de vídeo é um dia.
Eclipses, presença humana no espaço e a Lua
Apenas muito poucos momentos ao longo da última década foram perdidos pelo observatário solar. Segundo explicam, os quadros escuros no vídeo são o resultado do eclipse da Terra ou da Lua pelo observatório, à medida que passam entre o Sol e o observatório espacial. Em 2016 este sem funcionar durante uma semana devido a um problema temporário com um instrumento.
Como é muito pouco provável que alguém fique uma hora a “olhar para o Sol”, aqui ficam os principais momentos.
- 06:20 (7 de Junho de 2011) — uma erupção de proeminência explode a partir da parte inferior direita do Sol;
- 12:24 (5 de Junho de 2012) — pode ser visto o trânsito de Vénus através do Sol — isto não voltará a acontecer até 2117;
- 13:03 (19 de Julho de 2012) — um ciclo complexo de campos magnéticos e formas de plasma e que dura horas;
- 13:50 (31 de Agosto de 2012) — a erupção mais icónica deste ciclo solar irrompe a partir da parte inferior esquerda do Sol;
- 20:25 (29 de Setembro de 2013) — uma erupção de proeminência forma um longo ‘canyon’ que é então coberto com laços de plasma;
- 26:39 (8 de Outubro de 2014) — as regiões activas no Sol assemelham-se a uma lanterna “jack o’ mesmo a tempo do Halloween;
- 36:18 (9 de Maio de 2016) — Mercúrio transita através da face do Sol. Mais pequeno e mais distante do que Vénus é difícil de detectar.
- 43:20 (5 de Julho 2017) — um grande grupo de manchas solares passa duas semanas a atravessar a face do Sol.
- 44:20 (6 de Setembro 2017) — a sequência mais poderosa de erupções durante este ciclo solar crepita durante vários dias.
- 57:38 (11 de Novembro de 2019) — Mercúrio volta a transitar pelo Sol. O próximo trânsito não será antes de 2032.