No início do século XIX Portugal vivia uma crise devido às invasões napoleónicas, à ausência da família real, que se encontrava no Brasil, ao fim do Pacto Colonial e à abertura do Brasil ao comércio mundial.
Depois de 13 anos no Brasil, D. João VI, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves entre 1816 e 1822, regressou a Portugal, onde chegou a 3 de Julho de 1821. O seu filho, D. Pedro, que optou por ficar no Brasil, liderou uma revolta e proclamou a Independência do Brasil, a 7 de Setembro, assumindo o título de imperador.
A 1 de Outubro de 1822 D. João VI foi obrigado a jurar a Constituição entretanto elaborada e que lhe retirava diversos privilégios, mas que não vigorou durante muito tempo.
Seguiram-se agitações, revoltas e manifestações, mas, a 5 de Junho de 1823, D. João VI foi aclamado rei pela segunda vez (a primeira tinha sido no Brasil a 6 de Fevereiro de 1818).
Na edição de 8 de Julho de 1823 da Gazeta de Lisboa, principal periódico de informação política portuguesa entre 1715 e 1820 e depois entre 1823 e 1833, vários particulares, corporações e entidades felicitaram o rei por ter sido restabelecido no trono, de entre elas a Câmara da Villa de Aguiar da Beira e a Câmara da Villa de Carapito.
Lê-se no Decreto, que faz este sábado, 8 de Julho, 200 anos:
Corporações e Indivíduos que tem felicitado a Sua Magestade, por se haver restabelecido á Dignidade do Throno.
Camara da Villa de Aguiar da Beira; Camara da Villa de Carapito ; Capitães-Móres e Ordenanças de Abiúl ; de Idanha a Nova ; do Fundão ; de Sarzedas ; e de Jarmello ; Coronel e mais praças do Regimento de Infanteria N. 9; Coronel Commandante do Regimento de Milicias de Bragança ; Governadores da Praça de Mértola, e do Castello de Espozende ; Juiz de Fóra de Mértola ; e o Coronel reformado André Chixorro da Gama Lobo.
Pode ver no link seguinte o respetivo número da Gazeta de Lisboa (página 1201):