Barómetro do Centro de Portugal 2024: Região Centro melhora desempenho global

Região Centro melhorou desempenho global em 2024. Ainda assim, apresenta o menor PIB por habitante do país.

O desempenho global da região Centro melhorou em 2024. Esta é uma conclusão do Barómetro do Centro de Portugal, produzido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, I.P. (CCDR Centro), “que tem como objetivo avaliar o progresso alcançado pela região em termos de crescimento e competitividade, potencial humano, qualidade de vida, coesão e sustentabilidade ambiental e energética“, referiu a CCDRC.

No ano de 2024, a região Centro apresentou um valor de 4,40 no Indicador Global de Avaliação (numa escala de 1 a 7), que representa uma melhoria no desempenho global face ao ano anterior (4,01). O Indicador Global de Avaliação, atualizado anualmente, tem como objetivo acompanhar a evolução da região numa perspetiva global do sucesso regional, permitindo uma leitura sintética e imediata do seu comportamento relativo face às restantes regiões portuguesas.

Face ao ano anterior, “destacaram-se pela evolução favorável os indicadores relativos à taxa de desemprego jovem e à variação da população, que contribuíram decisivamente para a melhoria significativa na componente “potencial humano”, a percentagem de energias renováveis no consumo de energia elétrica, que teve impacto positivo na dimensão “sustentabilidade ambiental e energética”, e o número de doutorados por 1000 habitantes que foi determinante na melhoria da componente “crescimento e competitividade”. Pelo contrário, entre os indicadores com evoluções mais desfavoráveis, destaca-se o rendimento monetário e a dispersão da variação populacional“, acrescentou.

Em 2024, o Centro manteve-se como a terceira região do país com melhor desempenho global, depois da Área Metropolitana de Lisboa e da região Norte. Na dimensão “potencial humano” subiu para a primeira posição da hierarquia nacional (na edição anterior, encontrava-se em terceiro), tendo alcançado a terceira posição nas componentes “coesão” (encontrava-se em quinto) e “crescimento e competitividade” (encontrava-se em quarto). A região subiu ainda duas posições na “sustentabilidade ambiental e energética”, atingido o quarto lugar na hierarquia nacional (na edição anterior, ocupava o sexto lugar).

Para Isabel Damasceno, presidente da CCDR Centro, “estes são indicadores bastante positivos para a região, que evidenciam um bom desempenho na educação, no emprego, na inovação, no investimento direto estrangeiro e nas exportações de bens. A capacidade de atração de população para a região tem também permitido atenuar o declínio demográfico dos últimos anos. Apesar destes resultados, continua a ser uma prioridade para a CCDR Centro que a região consiga diminuir as assimetrias territoriais e as fragilidades na produtividade e na criação de riqueza, problemas estruturais da região Centro“.

Região apresentou o menor crescimento nominal do PIB em 2023

Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Centro ascendia a 48 mil milhões de euros, tendo registado uma variação nominal de 8,0% face a 2022. Este crescimento foi menos significativo do que a média nacional, uma vez que o país registou um aumento de 9,6%. Em 2023, a atividade económica voltou a crescer em todas as regiões portuguesas; no entanto, o Centro
apresentou o menor crescimento nominal do PIB entre as várias regiões. Em 2023, o PIB regional representava 18,0% do total do país, um valor inferior ao dos anos anteriores, permanecendo a
Região Centro na terceira posição da hierarquia nacional, depois da Área Metropolitana de Lisboa e da Região Norte.

O PIB por habitante da Região Centro cifrava-se nos 21 042 euros, mais 1359 euros do que em 2022, mas menos 4235 euros que a média nacional. Este valor representava 83,2% da média do país, tendo divergido do padrão nacional (diminuiu 1,3 pontos percentuais face ao ano anterior). O Centro passou a apresentar o menor PIB por habitante entre as sete regiões portuguesas. As assimetrias territoriais entre as NUTS III da Região Centro, medidas pelo desvio-padrão do PIB porhabitante, diminuíram em 2023, tendo registado, contudo, o segundo valor mais elevado desde o início da nova série (o valor máximo foi alcançado em 2022). A disparidade sub-regional do PIB por habitante atingia a sua expressão máxima na comparação da Região de Aveiro (24 361 euros por habitante) com as Beiras e Serra da Estrela (17 281 euros por habitante).

Esta nova edição do Barómetro do Centro de Portugal pode ser consultada em: https://www.ccdrc.pt/pt/produto/barometro-centro-de-portugal-6/

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