Feiras e Festas do Pastor, do Queijo e do Fumeiro em destaque

A nossa região beirã é toda ela prodigiosa em produtos singulares, como o queijo ou os enchidos.

Por isso mesmo não é de estranhar que as feiras e festas dedicadas a estes produtos se multipliquem nos meses de Fevereiro e Março.

Em Penalva do Castelo foi no primeiro fim de semana de Fevereiro.

Penalva

 

Entre os dias 13 e 21 de Fevereiro será a vez de Celorico da Beira dar a conhecer os seus produtos através de um extenso programa com inúmeras actividades ligadas aos produtos regionais e também com muita música.

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Trancoso realizará a XII Feira do Fumeiro de 27 de Fevereiro a 8 de Março.

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No concelho de Aguiar da Beira, Mosteiro irá receber a 1 de Março a 2ª Feira do Pastor e do Queijo, havendo ainda uma exposição/concurso pecuário. As inscrições estão abertas até 25 de Fevereiro, na Câmara Municipal e em Mosteiro, nos dias de mercado. O regulamento pode ser consultado aqui.

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Finalmente, Fornos de Algodres realiza a Feira do Queijo Serra da Estrela nos dias 14 e 15 de Março.

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1 comentário

  1. O Queijo da Serra e a falta de memória

    Com mais ou menos produção, os concelhos que compõem a Região Demarcada do Queijo Serra da Estrela, estão em festa. O frio ajuda na apresentação e no paladar.
    As mãos sábias de quem transforma leite numa das Sete Maravilhas Gastronómicas de Portugal e as que seguram o cajado 365 dias por ano, onde não estão, deveriam estar no centro das atenções.
    Sem a sua mestria, a nossa mesa estaria, certamente, mais pobre.
    A comunicação Social, com destaque para a mais valia da imagem da televisão, muito tem ajudado para fazer, nesta época, do Queijo da Serra, rei.
    Rei no sabor e na forma como abre portas a estes concelhos, quase esquecidos, ao longo dos restantes 11 meses do ano.
    É assim, há mais de TRINTA ANOS!
    Ao logo de três decadas que se inventaram e reinventaram formas de atrair gente através de uma coisa tão simples quanto maravilhosa que é o Queijo da Serra.
    Ano após ano, surgiram concursos, festas, homenagens, de maior ou menor dimensão, também de acordo com a produção e exigências que nem sempre ajudaram nesta multiplicação de recuperar e manter uma tradição por onde pode passar parte do futuro deste Interior.
    Uma coisa é certa, todos os 18 concelhos envolvidos foram sendo ouvidos e falados através deste manjar.
    De uma forma mais ou menos caseira, de ano para ano, cumpriu-se a tradição.
    Aguiar da Beira não fugiu à regra. Foi sempre, acima de tudo, um convívio popular como forma de homenagear pastores e queijeiras. Durante TRINTA ANOS, honrando sempre os pioneiros da ideia, inovando sempre que possivel e sempre fazendo jús a uma iniciativa que passou a ser uma tradição. Entretanto, na Câmara Municipal, mudavam, democraticamente, os protagonistas, ainda assim, a preocupação foi fazer sempre melhor.
    Há dois anos assinalou-se a 30ª edição da Feira Festa do Partor e do Queijo, como sempre uma festa comunitária onde se partilhou, mais uma vez, o que a terra dá e o homem transforma.
    O ano passado assinalou-se a 1ª Festa do Pastor e do Queijo… caiu a “feira” , a “serra” e, mais grave que isso, o respeito pelo passado.
    Este ano é a 2ª…
    Ainda que se queira, estupidamente, apagar o que foi feito, está-se a correr outro risco, este mais preocupante e que nada tem a ver com sentimentos mais ou menos bairristas ou mesmo politiqueiras – e se uma candidatura comunitária depender do histórico de um evento? Apagaram-se 30 anos de história. Quem vai pagar o preço do que isso pode representar para o futuro do nosso concelho?
    Isto para não falar do facto de que parece que se está, apenas, a copiar mais uma ideia dos concelhos vizinhos…
    Com a mesma frontalidade com que tiro o chapéu à ideia do concurso de ovinos, lamento esta tentativa de branquear a história.
    E não, não culpem o queijo pela falta de memória que esse é o mais inocente em tudo isto, o tempo veio ditar que afinal é um alimento rico em cálcio e de fósforo, tão importantes para o trabalho cerebral.
    Só a título de remate e também como prova de que o tempo passa mas muita coisa fica já no século XIX, e escritor Ernest Renan deixava para reflexão: “Os verdadeiros progressistas são os que partem de um profundo respeito pelo passado”.

    Teresa Barranha

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